A Fundação Educacional Mandacaru – FEMAN, entidade privada sem fins lucrativos, inscrita no CNPJ nº 24.117.329/0001-03, com sede na Rua Professor Madeira, nº 1555, Sala 204, Edifício São Bento, CEP 64.052-480, Horto Florestal, Teresina/PI, gerida pelo professor e advogado Marivaldo Macêdo e pela professora Catarina Santos, está realizando mais um proveitoso projeto de inclusão social, intitulado Flor de Mandacaru: Semeando Sonhos, Arte e Cidadania, na comunidade quilombola, Artur Passos, no município de Jerumenha/PI, local habitado por descendentes de escravos, que romperam com o trabalho desumano e fugiram para espaços distantes dos olhares dos senhores escravistas.
Hoje, todas as terras ocupadas pelos quilombolas devem ser protegidas e entregues aos seus habitantes, conforme preceitua a Constituição Federal de 1988, em seu art. 68, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), que assim estabelece: “aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos”. Uma verdadeira conquista dos movimentos negros no Brasil, que fizeram pressão sobre os constituintes, à época, e conseguiram, em definitivo, colocar na Carta Magna esse importante direito de propriedade sobre as terras ocupadas por essas comunidades.
Agora é preciso uma intensa mobilização desses movimentos para pressionar o Estado brasileiro no cumprimento dessa determinação constitucional, uma vez que após mais de 36 anos de promulgação da Constituição, ainda são inúmeros os quilombos remanescentes em que os seus habitantes vivem à mercê de invasores, como madeireiros, latifundiários, grileiros e garimpeiros, porque o governo insiste em não cumprir as determinações da Lei Maior, demarcando e entregando aos moradores os títulos das terras por eles ocupadas.
O brilhante projeto é coordenado pela educadora social Tina Ribeiro que, juntamente com a professora Catarina Santos, foi uma das “esperanças” no documentário “A Carta de Esperança Garcia”, do cineasta Douglas Machado, e atende 15 crianças e adolescentes, entre 4 e 15 anos, de forma totalmente gratuita, e consiste na modalidade de leitura e produção textual, além de diversas atividades lúdicas, que são importantíssimas para o desenvolvimento de competências e habilidades de todos os educandos.
Esse projeto inclusivo é fruto da parceria entre a FEMAN, a ONG Moradia e Cidadania e o Grupo Café com Amor, muito bem representado pela entusiasta de ações sociais, a senhora Cristiana Maia.
Uma ação cidadã dessa natureza enche de orgulho a todos os colaboradores que, com garra e perseverança, contribuem sobremaneira para ajudar essas crianças e adolescentes que vivem em condições de vulnerabilidade, naquela comunidade quilombola.
Sabemos que os frutos da educação não são colhidos em um lapso temporal curto, mas sabemos também que se quisermos ter um mundo melhor é preciso investimentos em educação, senão teremos, cada vez mais, uma sociedade adoecida, em que todos serão perdedores. Por isso, o esforço em ajudarmos essas pessoas, para que tenhamos no futuro cidadãos e cidadãs preparados para enfrentar os desafios dos tempos vindouros, mas para isso precisamos de mais pessoas se voluntariando nessa empreitada, pois como dizia o médico carioca, Bezerra de Menezes, “solidários, seremos união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos”. Que assim seja!









