A Fundação Educacional Mandacaru – FEMAN, entidade de direito privado, sem fins lucrativos, inscrita no CNPJ nº 24.117.329/0001-03, localizada na Rua Professor Madeira, nº 1555, Sala 204, Edifício Santo Bento, Horto Florestal, CEP 64.052-480, Teresina/PI, presidida pelo professor e advogado Marivaldo Macêdo e dirigida pela professora Catarina Santos, em parceria com a ONG Moradia e Cidadania, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (FENAE) e a Associação do Pessoal da Caixa do Piauí (APCEF/PI), deu início a mais um projeto de inclusão social, intitulado Flor de Mandacaru: semeando sonhos e cidadania, para crianças e jovens da Vila Irmã Dulce, na zona sul de Teresina/PI.
Na segunda-feira, dia 30/8, foram iniciadas às atividades educacionais, com uma grande receptividade por parte dos moradores da comunidade da Vila Irmã Dulce, que aguardavam ansiosos pelas professoras Francinete Neres e Geraldete Lopes, bem como pelo professor Pedro Henrique Neres, que já têm uma longa trajetória na arte de ensinar crianças e jovens, inclusive no processo de alfabetização.
No começo dos trabalhos, foram realizadas importantes leituras para o aprofundamento das discussões sobre os valores da vida, ocasião em que foi enfatizada a necessidade do amor próprio e amor ao próximo, algo essencial, especialmente nesse momento de incertezas causadas pela epidemia do novo coronavírus. Aliás, todo o desenvolvimento do projeto é feito em consonância com os rigorosos protocolos sanitários.
Como o fio condutor do projeto é a alfabetização de crianças e jovens, no segundo momento do encontro, cada aluno aprendeu a escrever o seu nome, usando letras maiúsculas e minúsculas, com posterior liberação para praticarem desenhos, representando os membros de suas respectivas famílias.
Em seguida, aproveitando a beleza do espaço arborizado, foi realizada uma atividade ao ar livre, com a Caixa da Leitura, momento em que cada aluno teve contato com a diversidade de clássicos da literatura brasileira e mundial, como, por exemplo, os livros Dom Quixote das Crianças, de Monteiro Lobato, e O Pequeno Príncipe, de Antonie de Saint-Exupéry, algo prazeroso para os iniciantes na leitura.
Finalizando as atividades do produtivo dia, foi servido aos alunos e a todos os entusiastas desse projeto de cidadania, um saboroso lanche, preparado com todo o carinho, ação que sempre vai acontecer ao final de cada encontro.
Como dito alhures, esse projeto foi criado após inúmeros encontros entre todos os parceiros, preocupados com um elevado índice de crianças e jovens analfabetos em nossa capital, ocasionado por vários fatores, inclusive agravado neste momento de pandemia.
Sabemos que o percurso da vida não é fácil para ninguém, mas piora para as pessoas analfabetas, que ficam muito limitadas, pois até para exercer o seu direito constitucional de ir e vir precisa da ajuda de terceiros, como bem externou o senhor Bartolomeu Bueno (nome fictício), em um emocionante depoimento: “Passei por muita dificuldade na vida por ser analfabeto, porque a gente sem saber ler e escrever, não sabe de nada. Eu sempre trabalhei na roça, nunca tive oportunidade de outros empregos. Quando cheguei aqui em Teresina, trabalhei de carroça e hoje trabalho em hortas, no sol o dia todo. Tudo é difícil para quem não sabe ler e escrever, nada é fácil. Se eu soubesse ler e escrever, tinha mudado muita coisa na minha vida. Hoje, ler e escrever vale tudo”, enfatiza.
Parabéns a todos os envolvidos nessa proveitosa ação de cidadania. Avante!











