A Fundação Educacional Mandacaru – FEMAN, presidida pelo professor e advogado Marivaldo Macêdo e dirigida pela professora Catarina Santos, no início deste ano, instituiu um importante projeto de inclusão social, intitulado Gingando com Conhecimento: Arte e Cidadania, no Parque Brasil, zona norte de Teresina/PI, fruto da parceria com o deputado estadual Gessivaldo Isaías, que destinou recursos de suas emendas parlamentares, para que fosse possível a realização dessas atividades educativas/recreativas, tendo em vista que foram implantados os cursos de capoeira e de leitura, este denominado Flor de Mandacaru.
Este ano, como sabemos, não foi nada fácil, pois no início do projeto fomos surpreendidos com a pandemia do coronavírus e todas as atividades carinhosamente planejadas foram suspensas, por conta das oportunas recomendações das autoridades governamentais e das instituições de saúde internas e internacionais.
Após a queda no número de infectados pela pandemia do coronavírus e a permissão para o retorno de algumas atividades, os gestores da FEMAN reiniciaram o curso de capoeira, seguindo todos os protocolos sanitários recomendados pelas autoridades constituídas, de forma que os trabalhos fluíram a contento, com os alunos inscritos no projeto aprendendo essa importante arte advinda dos africanos, que foram arrancados de sua terra natal para serem transformados em escravos no Brasil nos primórdios do século XVI.
Durante muitas décadas, a capoeira foi considerada pelos governos como crime, de forma que as autoridades policiais mantinham o controle cotidiano sobre às pessoas que insistissem em praticar tal arte, mas na década de 1930, durante o Estado Novo varguista, essa importante cultura de matriz africana foi legalizada pelo Estado brasileiro, passando, portanto, a ser adotada livremente em todo o país e sendo praticada por pessoas de todas as classes sociais. Esse legado da capoeira é tão valoroso no contexto da história Brasil, que a UNESCO decidiu transformá-la em Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, algo que deve ajudar a preservar a sua prática não só no Brasil, mas também em todo o mundo.
Mesmo diante das atribulações, o curso de capoeira foi concluído com um enorme aproveitamento por parte dos alunos, e no sentido de mantermos essa união com a toda a comunidade no Parque Brasil, fizemos uma alegre confraternização natalina, com a apresentação dos alunos do projeto e acompanhamento dos renomados capoeiristas do grupo Raízes do Brasil. Nessa ocasião, também, foi servido um delicioso lanche a todos, bem como distribuídos presentes aos alunos do Gingando com Conhecimento.
Como dizia o engenheiro civil e palestrante, Mário Franco, “a união faz a força dos generosos na prática do bem”, e foi seguindo esse sábio pensamento que a Fundação Educacional Mandacaru – FEMAN, por meio de seus gestores, conseguiu realizar esse momento de confraternização natalina, com o apoio da professora de capoeira, Natália, da Míriam, mãe de alunos do projeto, que gentilmente cedeu o espaço de sua residência para a realização do evento e das mães da Associação Alphaville, que não medem esforços no sentido de contribuir com os projetos de inclusão social em toda a capital Mafrense, que doaram os lanches e os presentes para todos os discentes.
Assim, ante às adversidades, e seguindo todos os cuidados que a situação requer, ficamos extremamente satisfeitos com o sucesso do projeto supramencionado e concluímos que não podemos nos abater diante dos problemas que aparecem no dia a dia, pois como dizia Cícero, escritor e estadista romano, “quanto maiores são as dificuldades a vencer, maior será a satisfação”. Sigamos, portanto, os ensinamentos do poeta da “terra dos irmãos Rômulo e Remo”.
